terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Movimentação Turística no Porto de Salvador

  A Movimentação Turística no Porto de Salvador
        Melhorias, Reformas, Receptivos e Espaço para o Turismo.

PRIMEIRA PARTE TRABALHO DE TID – CONTEXTO HISTÓRICO

1. Introdução

Pensar em belezas naturais, cultura, gente e festa, é sentir a Bahia e tudo de bom que essa terra pode oferecer. A porta de entrada que dá acesso a todas essas maravilhas é a cidade de Salvador, a primeira capital do Brasil que, desde sua fundação, nos idos de 1500, tem a linda Baía de Todos os Santos a emoldurando na parte leste, por onde recebe e acolhe muito dos visitantes que aqui aportam.

Salvador é abençoada por todos os santos: “os sagrados e os profanos”. É escolhida pelos seus visitantes por possuir um clima agradável, belas paisagens naturais e arquitetônicas, e uma costa marítima imensa que propicia a cabotagem. Assim, logo após a sua fundação, o Brasil ganha um porto, que dará visão à nova cidade e viabiliza o crescimento e desenvolvimento da província.

Na capital da Bahia, o turismo achou um porto seguro e calmo por longas décadas. Infelizmente hoje, as condições estruturais e físicas desse porto não oferecem condições ideais ao turismo marítimo, já que este além de disputar espaço com os grandes cargueiros na faixa do ancoradouro, ainda sofre com problemas no calado (profundidade) que impossibilita a atracação de navios de passageiros mais modernos.

O crescimento da Cidade ao longo dos anos destinou-se as outras áreas menos exploradas e mais atrativas economicamente, deixando de lado o centro velho da cidade e o antigo bairro do Comércio onde está localizado o Porto de Salvador. Este local era o coração comercial da metrópole e da Bahia. Varias construções e modificações geográficas foram realizadas nesta região entre o século XVIII e início do século XX, visando ampliar as atividades marítimas e terrestres em torno da Baía de Todos os Santos.

Atualmente o principal Porto da Bahia, passa por um processo de estagnação nos setores de carga e turismo. Enquanto outros portos se modernizaram, o Porto de Salvador não conseguiu acompanhar o crescimento tecnológico e econômico do Brasil. Isso gerou, e continua gerando perdas na geração de novo empregos, desvios no translado das exportações, menos investimentos em infra-estrutura portuária e do seu entorno. Tudo isso afeta diretamente o turismo marítimo.

É dentro desse cenário que o Porto encontra-se, é premente a ampliação e modernização da área portuária e do receptivo turístico.  O Porto de Salvador é o mais propício para a cabotagem devido a sua privilegiada localização, e por estar dentro da cidade mais receptiva e alegre do Brasil. Cabe agora, sua revitalização e integração com a comunidade. Acácio, Aryadilla, Cristiane, Fabrício, Renato, Vivaldina.(2010)

2.   Contexto Histórico do turismo
O turismo tem a sua origem histórica na Grécia, onde Heródoto, conhecido como pai da história, foi talvez um dos primeiros viajantes da Terra. Como ele, muitos gregos se deslocavam motivados pela religiosidade, visitando santuários ou participando de competições esportivas, tais como os jogos olímpicos. Masina (2002, p.13).
Na História da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao tempo livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as olimpíadas (que ocorriam a cada quatro anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculos de Delfos e ao de Dódona.
Com a Revolução Industrial se consolida a burguesia que volta a dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a tração animal pelo trem a vapor tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez as grandes distâncias cobrindo grande parte do território europeu e norte-americano.
 Em 1840, Thomas Cook, considerado o pai do Turismo Moderno, promove a primeira viagem organizada da história. Mesmo tendo sido um fracasso comercial é considera como um marco de sucesso em relação a organização do primeiro pacote turístico, pois se constatou a enorme possibilidade econômicas que, este negócio, poderia chegar a ter como atividade, criando assim em 1851, a Agência de Viagens “Thomas Cook and son”.
O início do século XX foi marcado pela Primeira Grande Guerra, que veio pausar o turismo em todo o mundo. Embora o desenvolvimento das ciências e das idéias democráticas tivesse dado ao século XX uma posição de destaque na história do turismo, do desenvolvimento social e cultural da humanidade, as competições de ordem econômica, apoiadas em um nacionalismo belicoso, conduziram o mundo à Primeira Guerra Mundial. Boyer (2001) apud Badaró (2003:37).
Contudo, com a Segunda Guerra Mundial, essa situação se amenizou com a introdução do avião como novo meio de transporte e a criação da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), passando o direito aéreo a ser regulamentado. O transporte aéreo desponta como a preferência dos turistas dados a sua capacidade de agilidade de locomoção (Júnior, 2001:12).
Na segunda metade do século XX, a atividade turística expandiu-se pelo mundo inteiro. O número de agências de viagens aumentou consideravelmente em conseqüência do crescimento das companhias aéreas, que, incapazes de estabelecerem suas próprias filiais preferiram abrir o mercado ao varejo.
2.1 História do Turismo no Brasil
 Não há ao certo registros do início do turismo no Brasil, pois só a partir da II Guerra Mundial, que começa de fato o turismo mundial movido apenas pelo ócio, por trabalho ou negócios. É também nesse período que começam os primeiros registros de um turismo organizado e dirigido.

Com relação às primeiras incursões turísticas no Brasil, podemos pontificar: a visita da primeira Caravela Lusitana em meados de 1498. Esta, por sua vez, intensificou o marketing exaltado por Pero Vaz de Caminha em sua carta ao El Rei Dom Manuel. As qualidades desta terra foram enaltecidas a tal ponto que, daí, Portugal intensificou as viagens às terras sul equatorial d’além mar.
2.2 História do Turismo em Salvador
: A história da cidade começa antes mesmo do descobrimento do Brasil, quando a terra ainda era habitada por índios tupinambás – que chamavam o local que anos à frente seria Salvador, de Kirymuré Paraguaçu.
    Baia de Todos os Santos em 1500.
[No começo do mundo, uma ave de plumas brancas iniciou, partindo do centro do universo, uma jornada em busca de um paraíso para pousar. Depois de dias e noites voando, escolheu o litoral de uma terra imensa, onde caiu morta de cansaço. Suas asas transformaram-se em praias e, no lugar onde seu coração tocou o solo, abriu-se uma enorme depressão, invadida pelas águas. De seu sangue, formaram-se as 56 ilhas da maior e mais bela reentrância do país, a Baía de Todos os Santos, ou Kirymuré Paraguaçu, segundo os primeiros habitantes da ilha de Itaparica, os índios tupinambás].
Após a chegada dos portugueses ao Sul da Bahia em 22 de abril de 1500, dados históricos que relatam a chegada de outro europeu na Baía de Todos os Santos: o navegador florentino Américo Vespúcio que veio em uma expedição por volta de 1° de novembro de 1501. A costa da Baia de Todos os Santos continuou sendo visitada por diversas embarcações que iam para a Índia. Aqui os viajantes limpavam, vistoriavam e abasteciam os navios de mantimentos frescos.
O advento da industrialização do país e da Bahia impulsionaram o crescimento populacional e econômico. A instalação da Refinaria Landulfo Alves e do Centro Industrial de Aratu, na década de 1960, e a criação do Pólo Petroquímico, na década de 1970, foram os principais fatos que levaram à urbanização da cidade de Salvador e do setor terciário, entre eles o turismo. Hoje Salvador é considerada um dos principais destinos do Brasil, sendo o turismo uma das principais atividades da sua economia. (Rota Tropical.tur.br)

3. Criação do Porto e seu turismo
Durante o período colonial, o Porto de Salvador era freqüentemente denominado "Porto do Brasil", como se não existisse outro ancoradouro em toda a Colônia. A referência traduzia o significado histórico e econômico do porto na vida nacional durante a "Era Mercantilista".
Desde meados do século XVI, o ancoradouro funcionou como porto importador de mercadorias procedentes de Portugal e da África e como exportador de produtos tropicais para o Reino. Os produtos exportados pela Bahia, entre os séculos XVI e XVII, para Portugal e as possessões ultramarinas, já era bastante diversificada. Artigos como o açúcar, o pau-brasil, o algodão, o fumo, o couro e a aguardente para lá se destinavam a partir do Porto de Salvador. Mesmo com a transferência da capital da Colônia para o Rio de Janeiro, em 1763, motivada, sobretudo, pela crescente exploração de ouro em Minas Gerais, a importância do Porto de Salvador, não decresceu. A entrada média anual, na segunda metade do século XVIII, foi de pelo menos 90 a 100 navios.
Apesar disso, o Porto permaneceu com instalações rudimentares, aproveitando as condições naturais de atracação, por quase 400 anos. Só veio a se tornar um porto organizado a partir do início deste século, depois de longo período de reivindicações destinadas ao melhoramento de suas condições físicas.
O Porto de Salvador foi fundado em 1816 sendo que apenas em 1891 a então denominada Companhia Docas e Melhoramentos da Bahia assumiu sua administração, sendo a partir de então responsável por sua operação e obras de melhoria e ampliação. O ano de 1906 assinala o início efetivo das obras de modernização, pouco depois do Banco Etienne Muller e Cia, originário da França, terem aprovado um empréstimo de 75 milhões de francos à Companhia Cessionária do Porto da Bahia. No orçamento aprovado para o projeto das obras, através de decreto federal, incluíram-se as despesas para a construção dos edifícios dos Correios e o do Mercado Modelo, entre outras edificações que hoje marcam indelevelmente a fisionomia do bairro do Comércio.
Antigo Cais da Alfândega do lado da Marinha em 1913.
Enquanto uma grande parte dos comerciantes ao tempo da construção do Porto de Salvador era a favor da obra, os donos dos trapiches eram absolutamente contra. Viam os seus interesses contrariados. O episódio ficou conhecido como “A grande questão das Docas”. De um lado os comerciantes que queriam a modernização do porto e do outro, os donos dos trapiches. No que se refere ao governo, tanto o Estadual quanto o Federal, inclinavam-se fortemente pela sua construção.

Em razão dessa guerra de interesses, o projeto de modernização do Porto de Salvador levou anos para se concretizar. Em 1891 foi implantado no Cais das Amarras o marco da inauguração dos trabalhos, contudo somente em 18 de janeiro de 1911, eles tiveram início. Registre-se, entretanto, que a idéia do Porto já vinha sendo delineada desde 1854. Logo, foram 57 anos de discussão. Prevaleceu a força maior e em 13 de maio de 1913, o governador José Joaquim Seabra, em grande solenidade, deu por inaugurado o Porto de Salvador.

As mercadorias que chegavam de todas as partes do mundo seriam “alfandegadas”, isto é, seriam cobradas taxas aduaneiras. E sabem quanto eram essas taxas? 40%. Altíssima! Para quem não pagava nada e de repente pagar 40% sobre qualquer produto importado, era demasiado. Em conseqüência desse percentual, os trapiches fecharam. Ao todos eram 429 armazéns. Poderia ter sido feita uma implantação alfandegária gradual, permitindo que os trapicheiros fossem se adaptando. Certamente, não aconteceria o desastre que ocorreu. Em conseqüência do fechamento de todos os trapiches, os saveiros da Bahia que faziam o transbordo das mercadorias dos navios para terra, recolheram-se às suas praias, Não foram totalmente desativados porque em 1912, quando da inauguração do antigo Mercado Modelo, esses mesmos saveiros, verdade que em menor número, passaram a abastecer os comerciantes do local. Traziam mercadorias do Recôncavo e das Ilhas da Baia de Todos os Santos, sem taxas aduaneiras.

Docas Porto de salvador em 1912

Ao final de 1914, o Porto já dispunha de novos trechos de cais implantados e sete armazéns concluídos, com seis em plena operação. Entre os equipamentos, destacavam-se oito guindastes móveis sobre trilhos e três linhas férreas. Abria-se também uma avenida de 20 metros de largura ao longo dos armazéns, numa extensão de 1000 metros, a conhecida Avenida da França. À época, o movimento anual do porto era da ordem de 400 mil toneladas.
 Ao completar 50 anos de operações, em 1963, foi inaugurada a Estação Marítima Visconde de Cairu, sede da empresa, projetada pelo arquiteto Diógenes Rebouças. O prédio, localizado na Avenida da França, abrigava também o terminal de passageiros. Em 1968, o porto conclui importantes obras, com destaque para o quebra-mar norte, complementando os enroscamentos e aterros de Águas de Meninos e da enseada de São Joaquim. A companhia, no entanto, enfrenta sérias dificuldades financeiras, vindo a ser posta sob intervenção federal em 1970.
O Porto de Salvador está localizado na Baia de Todos os Santos, que é uma das maiores do mundo e exibe o título de "Porto de maior movimentação de contêineres do Norte/Nordeste". Com uma grande movimentação de cargas, que cresce ano após ano, no mesmo ritmo cresce o desenvolvimento econômico implementado no Estado. O Porto de Salvador é de grande importância para o turismo e os principais atrativos do Porto de Salvador são as suas características naturais, as mais propícias em todo o Brasil para a atividade portuária. O porto conta com um movimento intenso de navios, porém ainda são poucos os que transportam passageiros, já que a maioria dos que aqui atraca é de carga. A cada ano cresce o número de navios de cruzeiros que acostam no porto de Salvador, criando uma competição com os navios de movimentação de carga.

   Cais da Alfândega de Salvador em 1913
operações, em 1963, foi inaugurada a Estação Marítima Visconde de Cairu, sede da empresa, projetada pelo arquiteto Diógenes Rebouças. O prédio, localizado na Avenida da França, abrigava também o terminal de passageiros. Em 1968, o porto conclui importantes obras, com destaque para o quebra-mar norte, complementando os enroscamentos e aterros de Águas de Meninos e da enseada de São Joaquim. A companhia, no entanto, enfrenta sérias dificuldades financeiras, vindo a ser posta sob intervenção federal em 1970.
Alunos Pesquisadores: Acácio, Aryadilla, Cristiane, Fabrício, Renato, Vivaldina.
Professora Orientadora: Nadya Argolo
Disciplina: Trabalho Interdisciplinar Dirigido [TID]
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SERVIDORES DO PORTO DE SALVADOR

SERVIDORES DO PORTO DE SALVADOR



















Todos estes casarões de cinco pisos, que se situavam no Comércio, junto ao cais do Porto de Salvador, foram derrubados. 
Imagem extraída do livro de Consuelo Novais Sampaio 50 Anos de Urbanização – Salvador da Bahia no Século XIX. 
Foto: Benjamim Mulock | Fundação Biblioteca Nacional-Rio de Janeiro | Reprodução

INÍCIO DE TUDO

Os seis principais presidentes e diretores das antigas DOCAS, atual  Companhia Docas da Bahia (CODEBA) foram os que estiveram à frente da companhia em seus momentos de maior avanço. Antes de ser a CODEBA, a Companhia das Docas de 1913 a 1963 registrou 50 anos de história.
       
1º. OS PRESIDENTES DA CIA. DOCAS

    Drº. Francisco João Bacayuva Cantão e Srª. Raymound Boviloux Cantão foram os primeiros presidentes. Conhecedores dos problemas, sempre quiseram fazer melhorias no Porto de Salvador, igualando-o aos do Sul do país, sem se esquecer de visualizar os funcionários, dando-lhes assistências, social e humana.

DIRETOR CESSIONÁRIA DE OBRAS 
   Frederico Ferreira Pontes dirigiu todos os serviços de construção do Porto, cujo inauguração aconteceu em 13 de maio de 1913. Empenhou-se, em seguida, da construção da avenida atual que substituísse o antigo “XIXI” (que era um dos mais asquerosos aspectos da cidade) para Avenida Frederico Pontes.

PRIMEIRO SUPERINTENDENTE DA CIA.
    Joaquim Ruiz de Gamboa atuou de 1912 a 1936, ou seja, por 24 anos. Ao se aposentar foi substituído pelo engenheiro Arlindo Luz.

AFONSO CEZAR CABUSSÚ
    Foi nomeado chefe dos serviços de Engenharia das Docas. Em 1936 foi designado engenheiro ajudante da Superintendência, cargo que ocupou até o início de 1952, quando foi nomeado Consultor Técnico da Mesa. Aposentou-se em 1959. 

GUILHERME PAIVA
    Foi superintendente da Companhia durante o período de 1951 a 1958. Diplomou-se em Engenharia Civil pela Êcole Entoale (Paris), onde concluiu todo o curso.

GEORGE LOUIS HUMBERT
    Foi o último superintendente da COMPANHIA DOCAS DA BAHIA, formou-se em engenharia pela tradicional Escola Politécnica da Bahia. Ingressou na Companhia em 1º de agosto de 1945 como Chefe da Companhia Terceira Divisão (ENGRO). Oito anos depois, foi transferido para Segunda Divisão (Chefia de Tráfego), deixando a Companhia em 1º de maio de 1958 para assumir a SUPERINTÊNDENCIA DAS DOCAS.



2º. OPERARIOS: (últimos operários à se desligarem da CODEBA)

RAIMUNDO CONCEIÇÃO FREITAS
FUNÇÃO: Porteiro
DATA DE ADMISSÃO: 3 de Fevereiro de 1939                    
HISTÓRICO: Advertido pelo Dr. Superintendente, por ter faltado ao serviço no dia 8 de Janeiro de 1946, novamente chamado atenção no dia 15 e 19 de Janeiro do mesmo ano. Dezembro de 1951 obteve sete dias de licença de 15 a 19 de Dezembro no decorrente ano para tratamento de saúde. Foi desligado dos serviços e aposentado pelo INSTITUTO DOS MARÍTIMOS, em Dezembro de 1954, por ordem do Superintendente. Fui Julgado pelo Conselho em condições de voltar ao serviço que se encontrava aposentado. No mesmo instante, no mesmo Dezembro, foi autorizado seu retorno ás atividades dois anos depois.

GABY SIMÕES DOS SANTOS
GRAU DE ESCOLARIDADE: superior
CARGO: Engenheiro
DATA DE ADMISSÃO: 1º. de Dezembro de 1968                                                              HISTÓRICO: Conforme o Conselho Administrativo da CODEBA de 18 de Março de 1977. Foi eleito à Diretor da empresa. O motivo pelo desligamento foi sua aposentadoria, por tempo de serviço em 1º de Setembro de 1990.

AROLDO DE SANTANNA
GRAU DE ESCOLARIDADE: Auxiliar de Artífices
CARGO: Ensino fundamental
DATADE ADMISSÃO: 1º de Março de 1981
HISTÓRICO: Em 1º de Abril de 1983, para o cargo de operador de Máquina Transportadora. E foi desligado da empresa por justa causa em 14 de Março de 1997. Motivos quais não constam em registro.

LUIZ PEREIRA
CARGO:
Operador de Empilhadeira 
ESTAGIÁRIO
DATA DE ADMISSÃO: 21 de Fevereiro de 1972
HISTÓRICO: Foi promovido a Técnico de Segurança do Trabalho pelo esforço e dedicação e competente desempenho durante a organização. (ficou como estagiário apenas por 90 dias.)
PS. Não foi declarada a data de saída.

AILTON FIUZA DA CONCEIÇÃO
CARGO: Lanterneiro
GRAU DE ESCOLARIDADE: Primeiro grau incompleto
DATA DE ADMISSÃO: 1º de agosto de 1991 
HISTÓRICO: Não existe registro sobre esse operário por motivos de Segredo de Justiça do Trabalho. Segundo os arquivos da CODEBA sua saída ocorreu em 18 de Novembro de 1991.
                                                                                                                                                                 -->  Entrevista com a assistente social Sra. Kathiane.
        Segundo ela, mais operários foram desligados por tempo de serviço (aposentados). Quatro Guardas Portuários, um Técnico Administrativo e um Técnico Assistente Portuário.
        Não existem mais cargos por indicação e sim concurso público. O primeiro aconteceu em 2006 e próximo acontecerá agora em 20010.
















3º. ONGMO-ORGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA
    
       Como uma entidade formada por representantes dos trabalhadores e dos operários portuários, tem por objetivo cadastrar, registrar, treinar, fornecer mão-de-obra avulsa e administrar seu fornecimento, assim como estabelecer o número de vagas, arrecadar os encargos sociais junto aos operadores e zelar pela segurança do TPA (Trabalhador Portuário Avulso). Constituídos nos termos da Lei 8.630/93 a forma de Associação Civil sem fins lucrativos. Está situada em Salvador, por isso a sigla: , e atua nos Portos de Salvador e Aratu. Tem no seu quadro de pessoal, segundo relatório, 199 funcionários, 29 colaboradores na forma de Associação Civil, sendo 22 efetivos, 5 terceirizados e 2 diretores, funciona como se fosse um balcão de fornecimento de mão-de-obra avulsa. O numero de TPAS (Trabalhadores Portuários Avulsos) que era de 1.092 em 01/01/1999, passou a ser de 854, em 31/12/1999 com relação em todas as categorias.












4º TRABALHADORES DA COMPANHIA

- Prestadores de Serviço
    Atividade portuária demanda uma grande quantidade de serviços, exigindo competência, estrutura organizacional bem montada, instalações adequadas e no dia a dia da tecnologia operacional e informacional em função de grande concorrência existente na área.
 
- Operador Portuário
    É a pessoa jurídica pré-qualificada para a execução de operação portuária no Porto, organizando na movimentação e armazenagem de mercadorias destinadas ou provenientes de transporte aquático.
 
- Despachante Aduaneiro
    É a pessoa pré-qualificada para realizar os procedimentos burocráticos necessários e a entrada e saída de mercadorias do Porto.
 
- Agente de Logística
    Essa é a função mais recente e é fruto do alto grau de competitividade existente no comércio internacional. É mais um trabalho de consultoria no sentido de orientar as empresas quanto à escolha da melhor combinação de recursos que resultam no menor custo e na maior confiabilidade dos serviços a serem prestados.
 
- Seguradores
    O segurador de cargas e equipamentos envolvidos na operação portuária, bem como das instalações físicas e embarcações utilizadas são indispensáveis. É um dos maiores mercados de Seguradoras.




 


5º. REGIMENTO INTERNO
 
Atribuições comum aos empregados
 
a) Cumprir e respeitar as diretrizes, normas, instruções e atos normativos da Companhia e legislação em vigor, bem como atender com presteza as ordens recebida dos superiores hierárquicos.
b) Cumprir suas atividades atentando para os padrões e indicadores de desempenho e metas, estabelecidos pela Companhia, sempre avaliando os seus resultados.
c) Zelar pela integridade e segurança dos bens, recurso e do patrimônio da Companhia, inclusive daqueles sob a sua exclusiva responsabilidade (bens do Acervo dos Centros de Documentação e de Informação.)

Diretores

a) Participar da elaboração do planejamento da gestão estratégica e zelar pelo cumprimento dos objetivos, metas e planos de ação estabelecidos;
b) Elaborar, propor, e fazer cumprir normas, padrões de instruções de trabalho para as equipes sob sua responsabilidade, bem como acompanhar o cumprimento da legislação vigente;
c) Executar as atribuições que forem confiadas pelo Conselho de autoridade Portuária e pelo Diretor Presidente.

Coordenadores

a) Exercer a direção e a coordenação técnico-administrativa, do órgão, e executar as tarefas que se foram atribuídas, observando os programas e planos de trabalho e respectivos orçamentos;
b) Colaborar com os programas de recrutamento, seleção e treinamento e desenvolvimento do pessoal, destinado ou pertencente ao órgão, participando dos programas dirigidos ao seu aperfeiçoamento;
c)  Manter o Diretor da Área informado sobre o andamento de trabalho do órgão.



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terça-feira, 21 de setembro de 2010

As Estruturas e Sistema Operacional do Porto de Salvador

O porto marítimo da cidade de Salvador tem como visão organizacional ter excelência operacional e logística para com seu mercado alvo. Localizado nas mediações da Baia de Todos os Santos, entre a ponta de Monte Serrat e pelo Sul na ponta de Santo Antônio, com coordenadas geográficas de latitude 13° 00’ 37’’, longitude de 38° 35’ 0’’.  Seu mercado de influência repassa pelos os estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe,  com ofícios desde cargas e descargas de grãos diversos, produtos químico-petroquímicos, líquidos, minerais, celulose, veículos, siderúrgicos dentre outros. A CODEBA como administradora de operações portuárias, gerência três empresas, funcionando vinte e quatro horas por dia, quatro turnos de seis horas cada.

Descrevendo assim seus cais comercias:  

Cais Comercial I  
Terminal de total utilização pública com sua profundidade em torno dos 8 m e comprimento  383,60m de capacidade de fração kgs, não possuem aparelhamento portuário, ou seja, guindaste pórtico.   O armazém I e II é utilizado para estocar o trigo, malte em grãos e veículos;  

Cais de Carvão 
Sua utilização também é pública, atende exclusivamente ao moinho J.Macêdo, somente atraca
um navio por vez, pois não possui aera física e nem estrutura técnica para suportar nada mais. Assim a sua área é a menor de todas, apenas 7.234m2, suas imediações são também muito
utilizadas como estacionamento de veículos para usuários e funcionários;  

Cais Comercial II 
Também de utilização pública, todavia encontra-se na modalidade na de exploração com muito boa capacidade operacional comparados a tecnologias conhecidas. Possui uma área total de 42.719 m 2, sua estrutura está munida com plataforma e viga de parâmetro em concreto armado em bom estado para operações por vários anos se manter manutenções constantes. Um fato é importante ressaltar o Cais II é acostável por tal não possui aparelhamento próprio de transporte de carga.   Os armazéns III e IV são aparelhados por quatro guindastes pórticos de 3,2 toneladas cada, seguidamente os armazéns V, VI, VII, VII são aparelhados com guindastes de mesma característica física e técnica, mais ou menos conservados. Uma aspecto diferencial deste cais dos outros é que possui uma espécie de transportador com uma corrente no subterrâneo utilizado para o transporte de trigo, com uso exclusivo do moinho Santista. Tais armazéns são de uso para embarque e desembarque de cargas gerais, como os grãos, variados containeres ou passageiros de navios de turismo que são mais influentes em períodos de alta estação, tendo também como produtos: químicos, petroquímicos, siderúrgicas, sisal, celulose, veículos e sucos diversos;  

Cais da ponta Norte 
Sua profundidade gira em torno de doze metros, com área aproximada de 48.178m2.  Também não possuem área coberta e sua maior parte é utilizada para estocagem  de minerais a granel, mas costumeiramente é utilizado para estacionamento de veículos ou quaisquer outros produtos que não podem ficar a céu aberto durante a estocagem;  

Cais de ligação ou cais de ponta sul 
De área 73.443m2 por vinte e cinco anos é o cais mais bem aparelhado  de melhor qualidade técnica do Porto de Salvador.  Com alguns guindastes pórticos de diversificadas capacidades como exemplo 12, 58, 6   e até 38 toneladas.  Possui um armazém coberto com 4mil metros de área.   Tal área é destinada a armazém de produtos tóxico como o petroquímico,  o sisal e o granito.  Sendo tais estruturas físicas muitas vezes não supridoras das necessidades destes 
estados que o mesmo busca suprir. 

Pois seus mercados estão em constante crescimento e que suas populações aumentam conseqüentemente modificando seu modo de vida de acordo com costumes, modas, oportunidades e deveres. Fato que de certa forma mesmo indiretamente influencia toda operação do Porto de Salvador.



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Tema: Instalações e Estruturas do Porto.

Componentes: Juliana Cruz / Verônica Rodeiro 
                         Géssica Dias / Gislene Borges
                         Elton Sacramento / Àtila Barros

Projeto do Porto de Salvador. / Matéria: T.I.D. / Orientadora: Nadya Argolo


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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cronologia do Porto de Salvador

22 de Abril de 1500 Ocorre o Descobrimento do Brasil nas terras de Vera Cruz;

1º de Novembro de 1501 Foi identificado o grande golfo que veio a denominar-se Baía de Todos os Santos. A identificação aconteceu durante a 1º expedição exploradora confiada a Américo Vespúcio;

1536 Desembarcaram no Porto da Barra o capitão donatário, Francisco Pereira Coutinho, para administrar a Capitania da Bahia de Todos os Santos;

1550 Desembarcaram no Porto de Salvador os primeiros escravos vindos da África;

1571/1602 Foi construído o Arsenal da Marinha da Bahia, nas imediações de onde atualmente se encontra o prédio da Alfândega (Mercado Modelo);

Maio de 1624 No Porto de Salvador registra-se a presença de uma esquadra das Províncias Unidas (Invasão Holandesa) que resultou na 1º Invasão Holandesa nas terras do Brasil;

1638 Os holandeses voltam a invadir a Cidade do Salvador, através do seu porto;

28 de Janeiro de 1808 Foi decretada a Abertura dos Portos do Brasil às Nações Amigas.
Considerando a importância do fato, a Portobrás na década de 1970, instituiu o dia 28 de janeiro como o Dia do Portuário;

29 de Julho de 1816: Ocorreu a primeira tentativa de modernizar o Porto de Salvador. A iniciativa coube ao então governador da Bahia, Dom Marcos de Noronha Brito, 8º Conde dos Arcos;

1845 O general e engenheiro militar Francisco José de Souza Soares D’Andréia, presidente da Província da Bahia, se empenhou em melhorar o Porto de Salvador ampliando o plano do Conde dos Arcos (1816);

1854 O comerciante João Gonçalves Ferreira apresentou um projeto para melhorar as condições portuárias de Salvador. Planejou alargar a zona comercial e construir canais que facilitassem a navegação. O plano ficou conhecido pelo nome de João dos Cocos;

1860 Foi criado o Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e realizando o primeiro embarque de cacau fino para Filadélfia, pelo  Porto de Salvador;

03 de Janeiro de 1891 O Governo provisório da República concedeu a Frederico Merei e a Augusto Cândido Harache autorização para construir docas no Porto de Salvador;

19 de Janeiro de 1891: Foi constituída a Comprinha de Docas e Melhoramentos da Bahia, que permaneceria até 1963, com sede e foro no Rio de Janeiro, independente das alterações de denominação;

26 de Agosto de 1891 A Companhia Docas e Melhoramentos da Bahia colocaram no cais das amarras, o marco na inauguração dos trabalhos de construção do Porto de Salvador;

22 de novembro de 1892 Foram aprovados os planos e o orçamento dos melhoramentos projetados  pela Companhia Docas e Melhoramentos da Bahia;

28 de Fevereiro de 1893 A Companhia Docas e Melhoramentos da Bahia passa a denominar-se Companhia Internacional de Docas e Melhoramentos do Brasil com sede e foro na Cidade do Rio de Janeiro;

23 de janeiro de 1900 Foi inovado o contrato celebrado para construção das obras de melhoramento do Porto de Salvador com a Companhia Internacional de Docas e Melhoramentos do Brasil;

1906 Foi criado o Ministério da Viação e Obras Públicas que contou como primeiro ministro o baiano Miguel Calmon Du Pin e Almeida.

12 de Novembro de 1906 Foram inaugurados oficialmente os trabalhos de construção das obras do Porto de Salvador;

31 de Janeiro de 1907 Foram aprovados os desenhos e o orçamento para as obras do Porto da Bahia;

02 de Março de 1908 Chegou ao Porto de Salvador, procedente de Amsterdã, o rebocador “Miguel Calmon” com a finalidade de viabilizar os trabalhos de construção das docas;

17 de Setembro de 1908 Foi aprovada a modificação do projeto das obras para o melhoramento do Porto da Bahia, de acordo com a solicitação da Companhia Cessionária das Obras de Melhoramentos do Porto da Bahia;

30 de Junho de 1909 O engenheiro Frederico assume as funções de Representante em salvador da Companhia Cessionária das Docas do Porto da Bahia;

1910 O Banco Caisse Commerciale e Industrielle de Paris emitiu 75 000 obrigations de 500 francos para a construção das obras do Porto de Salvador;

02 de Maio de 1911 Em conseqüência de um forte temporal, as obras do porto sofreram prejuízos mas embaraços;

17 de Julho de 1911 Foi inaugurado o primeiro trecho do cais da Alfândega onde atracou nessa ocasião o vapor “Canavieiras”;

05 de Novembro de 1912 Atracou no Porto de Salvador o primeiro navio a vela. Tratava-se do “Saturnus”, de nacionalidade norueguesa tinha em média 200 pés de comprimento e 6m de calado;

13 de Maio de 1913 Ocorreu a inauguração solene das obras do Porto – primeiro trecho do novo cais. A primeira embarcação a atracar no novo cais foi o paquete “Ilhéus”, da companhia de Navegação Baiana;

1914 Houve a eclosão da 1º Guerra Mundial. O conflito estendeu-se até o ano de 1918, comprometendo o andamento das obras do Porto;

02 de Novembro de 1918 Ocorreu uma greve dos carregadores nas Docas em decorrência das irregularidades da Companhia;

31 de Agosto de 1925 A Companhia Cessionária  entregou ao tráfego o Armazém n.º8;

1939 Começou a exploração de petróleo na Baìa de Todos os Santos, também teve início neste ano a 2º Guerra Mundial;

1941 São Nicodemos foi aclamado Padroeiro do Porto de Salvador;

25 de Junho de 1941 Foram reformados os estatutos da Companhia Cessionária das Docas da Bahia, com base na Lei n.º 2.627, de 26 de setembro de 1940, que mudou e modernizou o regime legal das sociedades anônimas no Brasil;

1948 Foi projetada a construção da Estação de Passageiros do Porto de Salvador. A elaboração do projeto ficou sobre a responsabilidade da Touring Clob;

1949 O Vapor “José Marcelino” iniciou a linha interestadual entre os Portos de Salvador, Recife, Rio de Janeiro e Santos;

05 de Novembro de 1949 Ancorou no Porto de Salvador a esquadra constituída pelos contratorpedeiros “Mariz e Barros”, ”Bauru” e “Bertioga”, dos caça submarinos “Grajau”e”Garupi” e do submarino “Timbira”;

10 de Julho de 1975 Criou-se a Empresa dos Portos do Brasil S/A – Portobrás. A Extinção da Holding foi registrada através da Lei n.º 8.029 de 12 de Abril de 1990;

17 de Fevereiro de 1977 Foi criada a Companhia das Docas do Estado da Bahia CODEBA – que, a partir dessa data, passou a administrar o Porto de Salvador;

( Equipe: Alana, Áquila, Diana, Júlia ,Louise, Luana e Nathan )
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Porto é Cultura (CODEBA)

Porto é Cultura (CODEBA) 
O porto de Salvador é um elemento e facilitador de comunicação entre Salvador e o exterior, em todos os momentos sejam eles o da Colônia, Império ou da República, permanece sendo o porto de destaque no conjunto dos complexos portuários brasileiro.  Ao passar do tempo testemunhou acontecimentos locais e mundiais. Mas, o Porto é um meio de comunicação entre as culturas. E também é cenário da criação de uma nova maneira de cultuar sua crença e ao mesmo tempo modo de diversão: os Filhos de Gandhy. Sem deixar de citar a crença em um santo padroeiro dos portuários: o São Nicodemus.

Estivadores dos portos da Cidade do Salvador da Bahia de Todos os Santos... Filhos de Gandhi... História riquíssima esta da fonte do porto da cidade do Salvador – do Porto da Bahia – Desde os dias da Colônia e do Império, quantos brigues, escunas e sumacas de todas as bandeiras estavam aqui carregando e descarregando a braço de escravo. Gente que viu barcos vindos do Báltico buscar açúcar, vindos da Índia carregados de pimenta ou de mares do sul pejados de óleo de baleia. Gente que chegou aqui, ela mesma, ao porão daqueles mesmos barcos que recarregavam de fumo e de cachaça para serem trocados por novos escravos. (FÉLIX, 1987, p.04)

Em 1948 os estivadores eram tidos como privilegiados, dadas às condições econômicas da época que lhes favorecia e ao fato de não terem patrões. O trabalho era fiscalizado pelo próprio sindicato dos estivadores, o que lhes conferia um certo status. Data desse ano a fundação do bloco "Comendo Coentro", composto de um caminhão em que se instalaram vários instrumentos musicais, seguido dos estivadores, trajados finamente com o que de mais elegante existia: roupas de linho importado, chapéus "Panamá" e sapatos "Scamatchia". A festa era regada a muita comida e bebida e os estivadores chegavam a alugar barracas para a farra carnavalesca. 
Em 1949 com a política de arrocho salarial, numa verdadeira economia de pós-guerra, o Governo Federal interviu nos sindicatos, inclusive no sindicato dos estivadores, o que fez decair a renda dos sindicalizados. O "Comendo Coentro" não pode sair às ruas devido à crise financeira que se abateu sobre os estivadores e porque eles não queriam desfilar em condições inferiores as do ano anterior. 

A idéia original de botar um “careta” na rua, partiu de Durval Marques da Silva, o "Vavá Madeira", tido como o maior dos festeiros da turma. A sugestão foi atacada por os demais estivadores: Antônio de Emiliano, Aloísio Gomes dos Santos (Gaiolão), Fidelis Manoel dos Anjos (Panguara), Edgar Antônio Querino (São Cosme), Almir Passos Fialho (Mica), Homero Rodrigues de Araújo, Hilário José de Santana (Bigode de Arraia), Geraldo Ferreira da Costa (Tristeza), entre outros.Como o dinheiro era pouco pela escassez de navios no porto, os estivadores fizeram uma “vaquinha” para a compra de barris de mate, lençóis e couro para fazer os turbantes. O cordão estava formado, faltando apenas o nome que levaria. Coube novamente a Durval Marques da Silva, “Vavá Madeira”. A iniciativa de encontrar o nome. Após uma breve explicação sobre Mahatma Gandhi, ficou decidido que ali nascia o “Filhos de Gandhi”. (FÉLIX, 1987, p.05)

Trocando-se, entretanto, a letra "i" por "y", com a intenção de evitar possíveis represálias pelo uso do nome de uma importante figura do cenário mundial. Batizou-se então o bloco com o nome "Filhos de Gandhy".

(Clique na foto para ampliar)


São Nicodemus 

HISTÓRIA 
Padroeiro dos trabalhadores do Porto de Salvador, São Nicodemus, quem em grego significa "Vitória do Povo" e "aquele que vence as pessoas".  
"Nicodemus era um membro do sinédrio, Tribunal dos Judeus, e amigo de José de Arimatéia. Principal fariseu, muito respeitado e honrado pelo povo judeu, Nicodemos era um homem letrado no que diz a respeito à lei de Moisés e nos ensinos farisáicos". (falandonalata.wordpress.com)

ORIGEM DA VENERAÇÃO
São muitas as versões que tentam explicar a origem da veneração da comunidade portuária. Uma delas é que, por volta de 1940, uma mulher chamada Cotinha, trabalhadora do Cais do Carvão, colocava o produto no balaio quando encontrou a imagem de São Nicodemus. No livro São Nicodemus, da historiadora Rita de Cássia S. de Carvalho Rosado, um depoimento do professor e historiador Antônio Monteiro fornece outra versão. Segundo o relato, entre 1942 e 1943, homens humildes brincavam no Cais do Carvão com um bolo de barro e construíam figuras, quando “batizaram” uma delas com o nome de Nicodemus. Procuraram no Taboão um santeiro chamado Vicente que confeccionou a imagem do santo.

FESTEJOS: Segundo dados encontrados na Biblioteca da CODEBA é realizada a festa de São Nicodemus. Com uma tradicional procissão que percorre todo o Cais do Porto de Salvador, com acompanhamento de numerosos fieis, além da rústica de 3500 metros e o Torneio de Futebol de Salão. Com encerramento das comemorações com um caruru, oferecido ao meio-dia acompanhado por um "sambão", assim denominado pelos próprios portuários, seguido de apresentações folclórica do grupo "Afoxé".   Entrega de medalhas aos vencedores  na corrida e troféu  a equipe campeã de Futebol de Salão. (Livro Informativo CODEBA, nov/1981-dez/1982)

(Equipe TID: Adrielle , Emanuelle , Emerson , Fernanda, Louane, Michele e Nailton)
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